1/6/13

O encanto agochado das Hortas

             A Fervença das Hortas

Perto da aldeia de Hortas, na paróquia de Dombodám, encontra-se a sua bonita fervença que leva o seu mesmo nome e que se encontra a poucos metros de morrer no Ulha.
 
Chegando a Hortas fomos baixando por um caminho que se ía estreitando até ser senda ao som cada vez mais perto da fervença, deixando por trás de nós prados e um velho buxo com aspecto de novo, para chegar ao pé dela e descobrer a sua altura, dando um chimpo de 32 mts. no rio Saímes, afluente do Ulha. 
Foi ali, ao seu pé que experimentamos sensações coa vista e os ouvidos. Foi em parte um momento poético e emocionante: Marina pediu-nos que fecháramos os olhos e ouvíramos a água ao cair. Depois que olháramos a diferentes pontos da fervença para experimentar diferentes sons dependendo para onde olháramos.
Cada pouco tempo Samuel, à sua maneira agradável, ía explicando-nos cousas e datos da fervença e o rio. Ao final uns quantos continuamos até chegar à confluência co Ulha e voltamos por outro caminho.
 

O passeo foi reconfortante e didáctico em vários sentidos, isto é, aprendemos algum nome mais para plantas ou árvores, ou confirmamos algum gênero ou espécie que duvidávamos, como o Arum italicum, a Primula vulgaris, Fragaria vesca (mmm!...), aprendemos ademais a exercitar os sentidos, as lendas ao redor do rio, os seus muínhos, o feito de que o nome de Hortas podia ser devido a que num tempo passado alí havia hortas, por isso atopamos figueiras ou mesmo um retorto Prunus laurocerasus, e o mais importante que aprendemos foi conhecer um pouco mais a natureza para respetá-la e conservá-la. Os bosques de ribeira como o que visitamos som dos lugares naturais mais apetecíveis para qualquer amante da natureza e exemplo de conservaçom, se a avareza humana os deixa tranquilos, e vem-me à cabeça alguma mini-central da minha zona...